Les yeux dans les yeux
Concepção e coreografia: Geisha Fontaine et Pierre Cottreau.
Filme: Pierre Cottreau.
Distribuição: Geisha Fontaine et Sylvain Dufour.
Luz: Sandie Charron.
Maquiagem: Sylvain Dufour.
Tradução japonês/francês: Kazumi Fuchigami.
Apaixonada por filosofia, uma velha dançarina parte ao Japão para procurar o Traité de l’Iris ou le Traité de l’arc-en-ciel, obra que não se encontra na Europa e escrita por Espinosa, filósofo ideal para os dançarinos. Ele elabora uma “filosofia prática” que serve bem à dança. De Nagasaki a Tokyo, depois de muitas aventuras, a dançarina descobre o tratado e se inspira dele para experimentar uma sequência de demonstrações sobre o olhar aconselhadas por Espinosa. Mas o Japão a impressiona por mais uma razão. Como ela não fala Japonês e a maior parte dos japoneses só falam sua língua, ela se consacra à uma incessante observação do país, de suas formas e de seus detalhes. Pouco a pouco, ela começa a fazer o que vê, ilustrando sem saber a teoria dos neurônios espelhos. Uma descoberta da neurociência mostra que os mesmos neurônios se ativam naquele que faz uma ação e naquele que vê essa ação ser feita. A dançarina se inspira do que ela vê para finalmente fazer outra coisa, e se apoia sobre o tratado de Espinosa para treinar fisicamente seu olhar fora de sua órbita. Les yeux dans les yeux é o espetáculo dessa aventura.